A Nossa Abordagem

No Entre-Tanto, não tratamos pessoas como diagnósticos. Cada um é mais do que aquilo que lhe aconteceu ou do que os sintomas que sente. 

A nossa abordagem baseia-se nos modelos de intervenção narrativa, os quais conceptualizam a experiência humana como constituída por múltiplas narrativas e significados. Partem do pressuposto de que as pessoas compreendem-se a si mesmas e ao mundo através de histórias que constroem ao longo da vida. Cada pessoa organiza as suas experiências, emoções e identidade através de narrativas moldadas pelo contexto cultural, histórico e social em que está inserida. Este modelo procura identificar, explorar e significar essas histórias. Em vez de se focar apenas em sintomas ou disfunções, valoriza a subjetividade e a complexidade do ser humano, promove a capacidade de ação, a reconstrução da identidade e a construção de narrativas alternativas que favoreçam o bem-estar e o crescimento pessoal.

O que é a Terapia Narrativa?

Como trabalhamos?

Os modelos narrativos partem de uma premissa simples:

A pessoa não é o problema. O problema é o problema.

Utilizamos as narrativas como abordagem central para trabalhar problemáticas como ansiedade, depressão, luto, trauma ou dificuldades relacionais. Através da externalização, promovemos uma nova relação com o problema, reduzindo a sintomatologia associada e permitindo ao/à paciente reconhecer recursos internos, recuperar capacidade de ação e construir narrativas mais alinhadas com os seus valores e objetivos de vida.

Escuta ativa e sem julgamento
Damos espaço à sua história, no seu tempo. Aqui não há pressa nem soluções rápidas.

Externalização dos problemas
Separamos o problema da pessoa, para que possa compreendê-lo, em vez de se definir por ele.

Evidência científica
Utilizamos técnicas e abordagens cientificamente validadas.

Intervenção especializada
Adaptamos a abordagem narrativa às áreas que mais exigem sensibilidade, cuidado e profundidade.

Uma Abordagem Integrada para o Cuidado Emocional

Diferentes situações exigem diferentes respostas. Por isso, adotamos uma abordagem integrativa, que combina os modelos narrativos com outras intervenções baseadas em evidência, como a terapia cognitivo-comportamental.

A utilização de diferentes abordagens permite encontrar as técnicas mais eficazes e adequadas a cada situação. Esta flexibilidade metodológica possibilita uma intervenção mais personalizada e responsiva. Ao integrar diversas perspetivas teóricas e práticas, o profissional pode adaptar as suas estratégias de forma fundamentada, promovendo resultados mais significativos e sustentáveis.

Mais do que aplicar técnicas, acreditamos num processo terapêutico feito de escuta, presença e adaptação ao que cada pessoa precisa, no seu tempo.

Bibliografia Essencial Narrativas

Gonçalves, O. F. (2002). Viver Narrativamente: A Construção da Identidade Pessoal. Porto: Edições Afrontamento. 

Gonçalves, O., et. al (2011). "Innovative moments and change in emotion-focused therapy: The case of depressive episodes." Psychotherapy Research, 21(4), 476–492.

White, M. & Epston, D. (1990). Narrative Means to Therapeutic Ends. Norton.

White, M. (2007). Maps of Narrative Practice. Norton.

Freedman, J. & Combs, G. (1996). Narrative Therapy: The Social Construction of Preferred Realities. Norton. 

Bibliografia Essencial Cognitivo-Comportamental

Beck, J. S. (2011). Cognitive Behavior Therapy: Basics and Beyond. Guilford Press. 

Beck, A. T. (1979). Cognitive Therapy of Depression. Guilford Press. 

Leahy, R. L. (2003). Cognitive Therapy Techniques: A Practitioner's Guide. Guilford Press. 

Dobson, K. S. (2010). Handbook of Cognitive-Behavioral Therapies. Guilford Press.